Sobre o curso
Concurso Osasco – PEB I (Professor de Educação Básica I) 2025
Guia completo para entender o cargo, a seleção e como se preparar
1) O que faz um PEB I e por que este concurso é estratégico
O Professor de Educação Básica I (PEB I) costuma atuar na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com foco em alfabetização, letramento e desenvolvimento integral. É um cargo em que o professor transita por conteúdos diversos (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Artes, Educação Física — em contextos integrados e interdisciplinares), alinhado à BNCC e às diretrizes municipais.
O ponto-chave do PEB I é a polivalência: além de planejar aulas, o docente acompanha avaliações, participa de reuniões pedagógicas, cuida de registros, trabalha competências socioemocionais e conduz projetos de leitura e escrita, raciocínio lógico e ludicidade. Por isso, concursos para PEB I tendem a priorizar candidatos com domínio pedagógico (didática, avaliação, currículo) e conhecimento prático do cotidiano escolar (gestão de sala, inclusão, atendimento a estudantes com necessidades educacionais específicas, comunicação com famílias e comunidade escolar).
Para quem busca estabilidade e carreira no serviço público, o concurso é uma porta de entrada natural. Em municípios como Osasco, há demanda contínua por professores, e a lotação costuma acontecer em escolas municipais com perfis distintos — desde unidades menores até escolas com estrutura ampliada (salas de apoio, bibliotecas, laboratórios de informática e espaços para atividades complementares).
2) Como geralmente vem estruturado o edital (tradução do “juridiquês”)
Os editais para professor seguem uma espinha dorsal relativamente previsível. Você costuma encontrar:
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Requisitos do cargo: formação em Pedagogia ou Normal Superior (ou curso Normal em nível médio, quando previsto), idade mínima, quitação eleitoral, quitação militar (para homens), inexistência de acúmulo ilegal de cargos, idoneidade, aptidão física e mental, entre outros.
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Jornada de trabalho: define a carga horária semanal e, às vezes, diferencia hora-aula de hora-relógio, prevendo também horas de atividade (planejamento, formação, reuniões).
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Remuneração e benefícios: vencimento básico, gratificações específicas da carreira docente, eventuais auxílios previstos em lei local.
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Etapas: regra geral inclui prova objetiva e avaliação de títulos (classificatória). Em alguns casos, há prova dissertativa, prova didática ou redação, a depender do desenho escolhido pela banca.
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Conteúdo programático: habitualmente dividido em Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico/Matemática, Legislação e Políticas Educacionais, Conhecimentos Pedagógicos (didática, currículo, avaliação, inclusão, gestão da sala), e Conhecimentos Específicos associados à prática docente nos anos iniciais.
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Critérios de classificação e desempate: nota mínima por área, pesos por bloco, critérios legais para desempate (idade, maior nota em áreas-chave, número de filhos, entre outros previstos).
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Convocação e posse: documentação exigida, exames admissionais, prazos para apresentação, orientação sobre escolha de vagas (atribuição) e lotação.
Importante: quando você tiver o edital em mãos, leia as exigências formais (por exemplo, forma de comprovar escolaridade, estágios e eventuais cursos), para não ser surpreendido na entrega de títulos ou na posse.
3) Cronograma típico e o que fazer em cada fase
Mesmo que as datas mudem de um concurso para outro, a lógica de preparação é parecida. Use o roteiro abaixo como mapa mental do processo:
Etapa típica | O que acontece | Sua ação estratégica |
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Inscrições | Formulário e pagamento da taxa | Preencha cedo; valide isenção se for o caso |
Editais/retificações | Atualizações formais | Releia tudo; ajuste plano de estudos |
Locais de prova | Divulgação de endereço e sala | Visite o local antes, se possível |
Prova objetiva | Avaliação de múltipla escolha | Gerencie tempo; ataque blocos fortes primeiro |
Gabarito preliminar | Sai após a prova | Anote questões passíveis de recurso |
Recursos | Prazo curto para interpor | Escreva de forma técnica e objetiva |
Títulos | Entrega e validação | Organize documentos em ordem clara |
Resultado final | Classificação e homologação | Planeje a fase de posse e documentação |
Repare que há duas frentes paralelas: (a) estudo para a prova, (b) organização documental. Muitos candidatos perdem pontos não por falta de conhecimento, mas por descuidos processuais — e isso é 100% evitável.
4) O que costuma cair: blocos de conhecimento essenciais
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Língua Portuguesa: interpretação de textos, gramática aplicada (coesão e coerência, classes de palavras, pontuação, concordância e regência), gêneros textuais do ambiente escolar (ofícios, relatórios, comunicações internas).
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Raciocínio Lógico/Matemática: proporcionalidade, porcentagem, problemas aritméticos do cotidiano escolar, noções de estatística descritiva simples.
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Legislação e Políticas Educacionais: Constituição (educação), LDB, ECA, PNE, diretrizes curriculares, BNCC (competências gerais e componentes dos anos iniciais), Plano Municipal de Educação e normativas locais (regimento escolar, avaliação, matrícula e permanência).
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Conhecimentos Pedagógicos: didática, currículo, planejamento, avaliação (diagnóstica, formativa e somativa), metodologias ativas, inclusão e atendimento educacional especializado, gestão de sala, alfabetização e letramento, psicogênese da escrita, alfabetização matemática, uso pedagógico de tecnologias.
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Prática docente: sequências didáticas, projetos, avaliação por descritores, diversificação de instrumentos (rubricas, portfólios), mediação de conflitos, participação e corresponsabilidade das famílias.
A prova de títulos geralmente pontua diplomas (Graduação, Especialização lato sensu, Mestrado, Doutorado), experiência docente e formações complementares reconhecidas. Confira com antecedência o que pode ser contado e como comprovar.
5) Plano de estudos enxuto (8 a 10 semanas) — caminho do meio
A fórmula do bom resultado é equilibrar volume de estudo e revisão inteligente. Um plano realista para quem tem 2 a 3 horas por dia, cinco vezes por semana, poderia ser:
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Semanas 1–2: base de Língua Portuguesa + Conhecimentos Pedagógicos (didática e avaliação).
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Semanas 3–4: Legislação (LDB, BNCC, ECA) + Matemática de concurso (porcentagem, proporcionalidade, problemas).
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Semanas 5–6: aprofundamento em BNCC para os anos iniciais + alfabetização e letramento (com foco em sequências didáticas).
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Semanas 7–8: simulados por blocos (Português, Pedagógico, Legislação, Matemática) + revisão por erro (focar no que você errou).
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Semanas 9–10 (se tiver): ciclo completo de revisões, resolução de questões comentadas e preparação de documentos para títulos.
Semana | Foco | Resultado esperado |
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1–2 | Português + Didática/Avaliação | Ler bem enunciados e estruturar aula/avaliação |
3–4 | LDB, BNCC, ECA + Matemática | Fixar marcos legais e contas rápidas |
5–6 | BNCC (anos iniciais) + Alfabetização | Transformar competência em plano de aula |
7–8 | Simulados por bloco | Detectar e corrigir fraquezas |
9–10 | Revisões + Documentos | Ganho de acerto e prontidão para títulos |
Dica de ouro: use uma planilha simples de erros recorrentes. Toda vez que errar uma questão, registre o tema e a razão do erro (leitura apressada? conteúdo? pegadinha?). Revisar esse mapa 2–3 vezes por semana aumenta a retenção.
6) Didática e sala de aula: o que a banca quer “ouvir” de você
As bancas valorizam coerência entre planejamento, execução e avaliação. Na prática:
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Planejamento: objetivos claros e viáveis, alinhados à BNCC e ao contexto da turma.
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Metodologia: abordagem ativa e inclusiva, com estratégias para diferentes perfis de aprendizagem, materiais adequados e uso consciente de tecnologia.
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Avaliação: diagnóstica para mapear entrada, formativa para ajustar percurso, somativa para consolidar resultados; sempre com devolutivas que façam sentido para estudantes e famílias.
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Inclusão: adaptações razoáveis, desenho universal para aprendizagem (DUA), parceria com AEE quando pertinente, respeito às singularidades.
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Gestão de sala: rotinas, combinados, mediação de conflitos, cultura de cuidado e corresponsabilidade.
Mesmo quando a avaliação é só objetiva, as questões costumam testar visão pedagógica. Respostas “decoradas” perdem força frente a enunciados situacionais que pedem bom senso didático.
7) Documentos e títulos: não deixe para a última hora
Organize uma pasta física e outra digital com:
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Diploma(s) e histórico(s) de graduação/pos-graduação (frente e verso, com registro).
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Certificados de cursos lato sensu ou formações correlatas (com carga horária e instituição).
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Documentos pessoais: RG, CPF, comprovante de residência, certidões negativas, quitação eleitoral e militar (se aplicável).
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Experiência: declarações e contratos que comprovem tempo de docência (carimbo, CNPJ, datas).
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Laudos e documentos específicos (se houver reserva de vagas ou necessidades especiais).
Deixe tudo escaneado em boa resolução, nomeado com padrão (ex.: “Diploma_Pedagogia_nome.pdf”), para subir rápido se o sistema solicitar.
8) Estratégia para a véspera e o dia da prova
Na véspera, foque em revisão leve (mapa de erros, fórmulas de matemática, marcos da LDB e BNCC). Separe canetas pretas/azuis (conforme exigência típica), documento oficial com foto em bom estado e confirme o trajeto até o local. Durma bem — corpo e cabeça descansados valem pontos.
No dia da prova, leia instruções com atenção, marque o tempo total e crie miniblocos (por exemplo, 40 minutos para Português, 45 para Pedagógico, 35 para Legislação, 20 para Matemática — ajuste conforme sua força). Não trave em questões muito complexas logo no início; marque, avance e volte depois com cabeça fria.
Após a prova, anote as questões duvidosas e o fundamento de um eventual recurso (discordância técnica, erro de gabarito, ambiguidade). Recursos devem ser técnicos, respeitosos e objetivos.
9) Pós-prova: classificação, homologação e posse
Com o resultado preliminar, confira se cumpriu nota mínima em cada bloco (quando houver) e a pontuação final após títulos. A homologação é a etapa que “fecha” o concurso e abre caminho para as convocações. Quando seu número chegar, você seguirá para exames admissionais e entrega de documentos. Na atribuição, fique atento às regras municipais: escolha de unidade pode considerar ordem de classificação, prioridade por perfil e disponibilidade de turmas.
10) FAQ — Perguntas frequentes
1. Preciso ter Pedagogia obrigatoriamente?
Normalmente, Pedagogia ou Normal Superior são aceitos; alguns editais ainda admitem o Curso Normal em nível médio. Verifique o requisito exato no edital.
2. Sempre há prova de títulos?
Na maioria dos concursos para professor, sim (classificatória). Os pontos e documentos aceitos variam.
3. O que pesa mais: Pedagógico ou Legislação?
Depende do edital. Em geral, ambos têm peso relevante; BNCC e LDB sempre aparecem com força.
4. Vale estudar alfabetização matemática?
Sim. Operações, resolução de problemas, noções de grandezas e medidas e raciocínio lógico costumam cair sob enfoque pedagógico.
5. Como ficam questões de inclusão?
Espere enunciados que tratem de adaptações, AEE, DUA, avaliação justa e acessível, e respeito às singularidades.
6. Preciso decorar Leis na íntegra?
Não. Entenda princípios, finalidades e dispositivos-chave (direito à educação, organização da educação nacional, competências da BNCC etc.).
7. É obrigatório levar títulos no dia da prova?
Geralmente, não; a banca abre janela específica para envio/entrega. Mas prepare tudo antes.
8. Posso interpor recurso contra gabarito?
Sim, dentro do prazo; seja técnico, cite fundamento e evite argumentos genéricos.
9. E se eu for chamado para posse e não puder naquele momento?
As regras variam; pode haver prazo e possibilidade de remarcação em casos justificados. Leia o edital.
10. Como organizar a rotina de estudos trabalhando?
Priorize constância (2–3h/dia úteis), revisão por erro e simulados por bloco. Use fins de semana para revisão longa e arrumação documental.
Conclusão
O Concurso Osasco – PEB I 2025 é uma excelente oportunidade para quem quer construir carreira na rede municipal. Você aumenta suas chances quando: organiza a vida documental, constrói um plano de estudos objetivo, dá atenção à BNCC/LDB/ECA, treina com simulados por bloco e, principalmente, mantém a disciplina. A soma de pequenas decisões certas — todos os dias — é o que diferencia quem passa da linha de corte.
Se quiser, eu adapto este guia para um cronograma personalizado (baseado no seu tempo diário de estudo e nos pontos em que você sente mais dificuldade) e monto uma lista de verificação de documentos com base no seu histórico.
Conteúdo do curso
Aulas
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BNCC ENSINO FUNDAMENTAL
02:54:00 -
BNCC
02:52:00 -
Lei Federal nº 9.394, de 20 12 96
03:09:00 -
NACARATO, matemática nos anos do ensino fundamental
51:08 -
ECA Lei 8069 1990
02:28:00 -
Legisla Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva Brasília MEC 2008
01:10:00 -
RESOLUÇÃO CNE CEB nº1 2004
10:54 -
Projeto Politico Pedagogico Ilma Passos Veiga
01:27:00 -
VEIGA, I P Projeto político pedagógico da escola (PPP)
01:34:00